quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Mais um dia...

Bom dia?!? Por que bom dia?! Será que não estava escrito na sua testa que aquele dia, assim como o anterior, não tinha nada de bom? Não havia motivos para comemorá-los...

Seu único desejo era que o dia passasse logo. Tudo parecia um grande vazio. Cumpria suas tarefas na intenção de esquecer seus erros, na intenção de ocupar sua mente com outras preocupações que não fossem sua vida.

Que vida? Não havia vida, ela sentia-se como um corpo sem alma. O único motivo que a fazia diferente de uma pedra era a capacidade de pensar, tomar susas próprias decisões.Naquela hora lembrou-se de quando era criança que sua decisão mais desastrada foi quebrar a lâmpada da sala jogando bola, ou algo do tipo.

Divagando nos seus pensamentos, olhando o jardim pela janela,sentindo o vento no rosto, telefone tocando... O que? Telefone tocando? Não podia acreditar...Mensagem: Posso passar ai agora pra dar um passeio?

Era quase impossível de acreditar! O coração não batia, daava saltos e podia até sair pela boa. Era quase impossível de acreditar. É...tomara a decisão certa...

Seus pensamentos mudaram tanto que ela quase não ouvia que seu telefone tocava mais uma vez. Uma música baixinha e distante. De repente, ela é puxada com toda força de volta para a realidade. Desliga o despertador, confere o celular. Nenhuma mensagem ou ligação. Tenta mais uma vez, o celular dele ainda está desligado!


Por que as coisas eram tão difíceis? Mais uma vez, sente saudades de sua infância, respira fundo e parte pra luta.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Pensamentos...



Pois é... de repente, ela se sentiu a pior pessoa do mundo! E isso não era suficiente... Ela também era a mais inútil, burra, incapaz e qualquer outra coisa de ruim que pudesse atribuir a si mesma.

Não era fácil para ela falar em público sobre suas dificuldades e ficava na dúvida: o que eu faço realmente não presta ou tudo não passa de uma crítica severa de si mesma? É...ninguém podia responder isso, nem ela mesma. Naquele momento, ela só queria saber o que de fato ela queria. Estava ali, perdida, desolada e sem palavras para descrever sua situação.

Por que tudo era tão difícil? Era só com ela? Ou seria somente coisas sem sentido que ela semeava em sua mente? A quem recorrer? quem poderia ajudá-la? Perguntas vazias e, aparentemente, sem respostas... E de todos os pensamentos que ela semeava em sua mente um a deixava mais cabreira: as escolhas que deveria fazer. Tudo aparecia assim, de repente, ou tudo ou nada, vivia sempre de escolhas. Ela não queria optar, queria poder desfrutar das duas opções. Queria aproveitar que tinha, afinal, em alguns momentos, ela tinha nada. É tão ruim ser solitária, não ter com quem dividir suas aflições, apesar de que ela não gostava de dividí-las.

E a cada escolha, a cada passo que dava, ela percebia o quanto a vida era cruel e, paulatinamente, gentil...

Olhou para a janela do quarto, fechou os olhos e adormeceu sem concluir seus pensamentos.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Síndrome do Peter Pan


Quero saber quem foi que disse que eu queria crescer?!

É,infelizmente, nesse contrato da vida nosso crescimento é cláusula obrigatória e como recisão só tem a morte (melhor não precisar dela). Crescer é interessante, mas traz algumas responsabilidades e desafios que nos fazem querer ser criança de novo!

Se toda criança bem soubesse aproveitava essa fase da vida... e há quem diga que a infância já não existe mais. Ai que saudades que tenho de quando minha grande preocupação era qual a roupa que vou vestir na minha boneca. Ou, sorvete de côco ou morango? Quem sabe... brincar de bola ou pular corda?

Quando olhamos para trás é que percebemos o quanto o ser humano muda: suas atitudes, seus gostos, os pensamento, as preocupações...

Mas eu num tô reclamando não!! É só uma reflexão. Afinal, se quando olhamos para o passado é que vemos o que tínhamos, então não quero pensar no futuro, porque é sinal de quem vem chumbo grosso por ai!