quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Pensamentos...



Pois é... de repente, ela se sentiu a pior pessoa do mundo! E isso não era suficiente... Ela também era a mais inútil, burra, incapaz e qualquer outra coisa de ruim que pudesse atribuir a si mesma.

Não era fácil para ela falar em público sobre suas dificuldades e ficava na dúvida: o que eu faço realmente não presta ou tudo não passa de uma crítica severa de si mesma? É...ninguém podia responder isso, nem ela mesma. Naquele momento, ela só queria saber o que de fato ela queria. Estava ali, perdida, desolada e sem palavras para descrever sua situação.

Por que tudo era tão difícil? Era só com ela? Ou seria somente coisas sem sentido que ela semeava em sua mente? A quem recorrer? quem poderia ajudá-la? Perguntas vazias e, aparentemente, sem respostas... E de todos os pensamentos que ela semeava em sua mente um a deixava mais cabreira: as escolhas que deveria fazer. Tudo aparecia assim, de repente, ou tudo ou nada, vivia sempre de escolhas. Ela não queria optar, queria poder desfrutar das duas opções. Queria aproveitar que tinha, afinal, em alguns momentos, ela tinha nada. É tão ruim ser solitária, não ter com quem dividir suas aflições, apesar de que ela não gostava de dividí-las.

E a cada escolha, a cada passo que dava, ela percebia o quanto a vida era cruel e, paulatinamente, gentil...

Olhou para a janela do quarto, fechou os olhos e adormeceu sem concluir seus pensamentos.

2 comentários:

  1. Resultado da primeira aula do jornal laboratório?

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  2. Lendo isso, nem parece a mesma que passa o dia conversando comigo pelo MSN :-)

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