quarta-feira, 18 de maio de 2011

Hora de marcar!


Tem horas na vida que a gente se sente estranha...

Estranha por não saber como reagir a determinados obstáculos que aparecem à nossa frente. Estranha por saber que deve tomar uma atitude, mas não sabe por onde começar. Estranha até mesmo por se sentir um peixe fora d'água, mesmo estando na água.

E ai a gente começa a se perguntar: o que diabos eu tô fazendo por aqui? O que eu realmente quero da minha vida?

Acho que é, exatamente, nessa hora em que temos de optar entre permanecer onde e como estamos ou chutar o pau da barraca e partir para a luta. Afinal, o que é viver se não estar numa luta incessante entre certo e errado?

É isso mesmo... Todos os dias, temos a oportunidade de errar e acertar. A cada instante estamos fazendo escolhas: publico, ou não, meus pensamentos? Mando, ou não, essa mensagem? Escrevo, ou não, o que penso? Ligo agora ou deixo para daqui a pouco? São pequenas atitudes que vão definindo o que é ou não prioridade em nossas vidas.

Tudo bem que, nem sempre, optar por algo significa que aquilo seja prioridade. Posso estar decidindo deixar uma decisão mais importante para depois, para ser tomada de cabeça fria, mas isso ai já é uma escolha.

Quer saber? Acho que a vida é um grande teste! Uma prova de múltipla escolha que vai sendo marcada a cada momento em que decidimos pelo sim ou pelo não. Algumas vezes, é até possível de ser rasurada, mas também, como toda rasura, as marcas ficam e quanto mais tentamos apagar, mais marcado vai ficando.

O jeito é pensar bem e tentar acertar de primeira. Assim, as possíveis marcas, além de poucas, podem ser quse imperceptíveis.

quarta-feira, 16 de março de 2011

A hora do abuso.

Tem horas na vida que a gente abusa.

Abusa de viver com pessoas que acham que só elas tem problemas e que, quando aceitam que ous outros também os tem, ainda assim acham que os seus são os maiores e mais graves.

Abusa de pessoas que vivem cansadas e só sabem reclamar.

Abusa de sempre desconfiar dessas pessoas. Assim, para que se acontecer algo, você mesma já teria desconfiado.

Abusa de ter que dar satisfação sempre, de não poder fazer o que quer sem se preocupar com as consequências.

Abusa de ter que pensar sempre e esse sempre ainda ser pouco.

Abusa de ter que ter responsabilidade e por não conseguir esquecer um pouco dos outros e pensar mais em si mesma.

Abusa de ser livre sem ser e depender sempre de alguém.

Abusa de não dizer sempre o que pensa e, quando diz, acaba se arrependendo.

Abusa de ser besta, ajudar sempre em quando precisa do restorno, não o tem.

Abusa até mesmo de não ganhar na Mega Sena, mesmo sem jogar.

Abusa de ter horário para tudo e, mesmo assim, não sobrar hora para fazer o que gosta e, quando sobre, não ter A companhia que quer para pôr seu plano em prática.

Abusa de ter que aceitar que tudo o que é bom (plagiando...)é indecente, é imoral, engorda ou engravida.

Tem hora na vida que a gente abusa, abusa mesmo...

quarta-feira, 9 de março de 2011

Dúvidas


Estava sem palavras. Não sabia o que fazer. Queria sentar, conversar, esclarecer qualquer dúvida que pairasse no ar. Havia alguma dúvida?

Errara. Sabia disso, mas não sabia como consertar, afinal, não era o erro que todos pensavam que havia cometido. Errou por que foi boba, não fez o que tinha vontade. Não fez o que o coração mandou.

Sentia-se mal. Queria mesmo era voltar no tempo. Era impossível... Fazer o que? Não sabia. Precisava de ajuda. Precisava de alguém que a ajudasse, dissesse o que fazer, como fazer e que os conselhos fossem eficazes. Há quanto tempo não se sentia daquele jeito?

Há menos de uma semana, estava tudo tão bem. Maldita noite, maldita atitude impensada. Sabia que era inocente, mas quem mais podia ajudá-la? Tentar confirmar sua ingenuidade seria interessante?

Poderia simplesmente conversar e acreditar que confiariam na sua palavra. Não mentira, nem queria. Gostava de clareza. Ahhh... quantas dúvidas!! A cabeça não parava um só instante... Tentava pensar em outras coisas, saia, voltava, sentava, deitava, nada adiantava...

Pensou, escreveu, pensou, deitou, pensou, tomou um remédio para dor de cabeça, pensou, leu alguma coisa, pensou, viu tv, pensou... pensou mais algumas vezes e acabou dormindo...

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Um pulo.


Estava cansada. A cabeça não parava de funcionar.

Dormia, acordava e até em sonho aquele mau agouro a perseguia. Era como sombra, não conseguia largar. Não sabia mais o que fazer. Não queria aquilo para ela. Seria justo abandonar o que gostava por outros motivos? O que faria de agora em diante?

Relutava insistentemente, mas o não querer pensar só a fazia pensar ainda mais. Queria dormir. Queria fazer qualquer coisa que fosse para que aqueles pensamentos que tanto a incomodava fossem para longe, um lugar distante e que não encontrasse mais o caminho de volta. Pensou em correr, viajar, fugir... sair da vida por uns instantes, mas sabia que ir e voltar não resolveria seus problemas.

Lembrou-se de quando a ideia que passava pela cabeça não a assustava. Abriu um sorriso discreto no canto da boca.

Sentia-se egoísta, mas sentia muita mágoa. Não ia passar. Estava atordoada. Olhava para os lados, para cima, para baixo... Estava inquieta. As lembranças da infância traziam-lhe uma paz repentina, mas passageira.

Precisava pensar numa saída. Obrigava-se a pensar em outra cisa, mas o pensamento era recorrente. Resolveu, então, sair um pouco. Passeou pela cidade, olhou o mundo a sua volta, mais que isso, observou como nunca fizera antes. Andou incessantemente. Cansada de lutar contra seus pensamentos, jogou-se do alto de um prédio em construção. Num pulo, resolveu a situação.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A velha sensação


Perdera-se nos cálculos ao tentar descobrir há quanto tempo não sentia aquela sensação. Ahhh... não queria levantar-se. Estava perdida no espaço da própria imaginação. Tentava focar em outras coisas mais importantes, mas queria também aproveitar o momento. Pegou-se rindo sozinha, cantando assustadoramente alto, mas bem afinada. Deu-se a oportunidade de fazer do café da manhã uma farra: comeu o que quis, conversou consigo mesma, rememorou fatos passados, sorriu e comeu o que bem entendeu. Foi trabalhar feliz. Leu algumas páginas de um livro qualquer, sequer sabia qual livro estava em suas mãos. Hoje, especificamente hoje, sua melhor companhia era a lembrança e alguns planos para o futuro. Não tinha mais toda aquela certeza que imaginava ter alguns dias atrás. Estava inquieta. Cantava, recordava, concentrava-se no trabalho. Foi um dia que já valeu a pena ter acordado para viver!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Sonhando




Tem dias na vida de um ser humano que o único desejo que se tem é: ficar em casa! Ah que saudades dos tempos em que eu podia decidir se ia ficar ou não em casa, de pernas pro ar. Pensar que achava isso entediante. E é, porém, tem horas que precisamos de um tempinho out desse mundo cão que não para de rodar um só instante sequer.
Hoje, eu tô assim: sonhando!! Sonhando em pegar aquela boia enorme, jogar na piscina e ter o único e exclusivo trabalho de chamar alguém para me fazer as vontas.

- Um suco, por favor!
- Aqui, senhorita.
- E daqui uma hora eu vou para a sauna, hein?!
- Sim, senhorita.
- Não esqueça de chamar o massagista!
- Pode deixar, senhorita!
- Ah, também tem minha aula de Yoga.
- Já está marcada.
- Ótimo, pois eu vou para o shopping fazer compras. Reserve aquele cartão sem limites, tá certo?
- Tudo bem.
- Pode me fazer só mais um favorzinho?
- Com certeza. O que seria?
- Não me acorde, sonhar é tão bom!

Ahhh...sonhar é tão bom! Pena que nem tempo suficiente eu estou tendo para isso... Melhor voltar para a rotina, ou, então, essa será mais uma noite perdida!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Tapando buracos.


É tão mais fácil se traduzir em palavras quando o sentimento é profundo. E não importa se esse sentimento é bom ou ruim, o que importa é que ele exista. Às vezes, abre-se um buraco fundo, sem sentido e que nada significa. Procuramos, tentamos entender, mas não há o que fazer. E os sentimentos? Nenhum amor, paixão, raiva, ódio, rancor, abuso... nadinha!! Sem a menor graça essa existência, na verdade, essa ausência de sentimentos. Ambição? ...de quê? Abuso? ... pra quê?

O jeito, então, deve ser buscar... Então, que arranjemos pá e terra para começar a fechar esse buraco. Cutuquemos a ferida alheia, renovemos os sentimentos bons, restauremos laços, aproveitemos a vida e oremos todos os dias para garantir nosso lugar no Céu. Afinal, podemos perder alguns créditos com o Homem lá em cima, não é?